Triskaidekaphobia: o que é o medo do número treze, como lidar

O que é Triskaidekaphobia e como ela se manifesta?

A triskaidekaphobia, uma palavra de origem grega que combina tris (três), kai (e), deka (dez) e phobia (medo), descreve o medo intenso e irracional do número treze. Esta fobia específica não se restringe a uma mera preferência ou superstição leve; ela pode gerar ansiedade significativa, ataques de pânico e um comportamento de esquiva generalizado naqueles que a experimentam. A manifestação da triskaidekaphobia varia amplamente entre os indivíduos, desde um leve desconforto ao ver o número até uma paralisia completa quando confrontado com situações que o envolvem, como um andar de hotel ou um assento de avião.

A fobia pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos, incluindo a simples menção do número treze, a visualização de sua representação numérica, ou a presença em um evento que caia no dia treze do mês, especialmente se for uma sexta-feira. Indivíduos afetados frequentemente relatam uma sensação de perigo iminente ou desgraça associada ao número, apesar de reconhecerem, em um nível racional, que o medo é infundado. A reação fisiológica ao gatilho pode incluir batimentos cardíacos acelerados, sudorese, tremores e uma intensa necessidade de fugir da situação temida, o que demonstra a profundidade do impacto dessa condição.

É fundamental diferenciar a triskaidekaphobia de uma superstição cultural comum. Embora muitas culturas e sociedades evitem o número treze por razões históricas ou folclóricas, uma fobia implica um nível de sofrimento clínico e uma interferência significativa nas atividades diárias. Pessoas com triskaidekaphobia podem alterar seus planos de viagem, evitar compromissos sociais ou até mesmo mudar seus hábitos de vida para minimizar a exposição ao temido número. Essa esquiva compulsiva reforça o ciclo da fobia, tornando-a mais arraigada com o tempo e perpetuando o medo inicial.

A percepção social da triskaidekaphobia muitas vezes oscila entre a incredulidade e a zombaria, o que pode levar os indivíduos a esconderem sua condição, aumentando o sentimento de isolamento e vergonha. A ausência de empatia ou a minimização de seus medos por parte de amigos e familiares pode dificultar ainda mais a busca por ajuda. O estigma associado às fobias específicas em geral contribui para que muitos sofram em silêncio, sem reconhecerem que seu medo é uma condição legítima que merece atenção e intervenção profissional. Este ciclo de medo e isolamento é um desafio complexo a ser superado.

Os sintomas físicos da triskaidekaphobia são notavelmente semelhantes aos de outros transtornos de ansiedade e incluem palpitações cardíacas, dificuldade para respirar, tontura, náuseas e, em casos extremos, desmaios. A mente pode entrar em um estado de alerta máximo, interpretando qualquer evento trivial associado ao número treze como um sinal de desastre. Esta reação de luta ou fuga é uma resposta primitiva do cérebro a uma ameaça percebida, mesmo que essa ameaça seja puramente simbólica. A intensidade dos sintomas varia, mas o denominador comum é o sofrimento significativo que eles impõem à vida do indivíduo, exigindo uma abordagem compreensiva e cuidadosa para o tratamento.

A persistência do medo, apesar da ausência de perigo real, é uma das características definidoras desta fobia. A pessoa pode saber logicamente que o número treze não tem poder intrínseco para causar mal, mas a resposta emocional e física é avassaladora. Esta dissonância cognitiva entre o que se sabe e o que se sente é uma marca registrada das fobias, tornando o processo de superação um caminho desafiador que exige paciência e persistência. Compreender a natureza irracional, mas poderosa, deste medo é o primeiro passo para desenvolver estratégias eficazes para sua mitigação e eventualmente sua completa remissão, pavimentando o caminho para uma vida mais livre e menos constrangida por esta aversão numérica.

Quais são as origens históricas e culturais do medo do número treze?

O medo do número treze tem raízes profundas na história da humanidade e em diversas tradições culturais ao redor do mundo. Uma das origens mais frequentemente citadas remonta à Última Ceia, onde treze pessoas estavam presentes: Jesus Cristo e seus doze apóstolos. Judas Iscariotes, o traidor de Jesus, é historicamente associado a ser o décimo terceiro a se sentar à mesa, e sua subsequente traição e a crucificação de Cristo teriam infundido o número treze com um significado sinistro. Essa narrativa bíblica é um pilar para a associação negativa do número em culturas predominantemente cristãs, influenciando gerações sobre sua suposta natureza inauspiciosa.

Outra fonte significativa para o preconceito contra o treze vem da mitologia nórdica. Diz-se que doze deuses se reuniram para um banquete em Valhalla, quando Loki, o deus da discórdia e do mal, que era o décimo terceiro convidado não convidado, irrompeu na festa, resultando na morte de Balder, o deus da luz e da pureza. Este evento catastrófico na mitologia nórdica solidificou a ideia de que o treze é um número de mau agouro, trazendo desgraça e caos em sua esteira. A disseminação dessas lendas através das eras e das culturas contribuiu para a percepção generalizada de que o treze é um número problemático, um prenúncio de infortúnio.

Em algumas tradições numéricas, como a numerologia pitagórica, o número doze é considerado um número de perfeição e completude, representando os meses do ano, as horas do dia no antigo sistema de doze, e os doze signos do zodíaco. O número treze, portanto, quebra essa harmonia e equilíbrio, sendo visto como um excesso, um desvio da ordem natural e da simetria sagrada. Essa desarmonia percebida pode gerar uma sensação de desconforto e imprevisibilidade, contribuindo para a aversão e a fama de infortunado que o número carrega, simbolizando um passo para fora do que é considerado perfeito e controlado.

A influência cultural da triskaidekaphobia é visível em diversas práticas e arquiteturas ao redor do mundo. Muitos edifícios modernos, especialmente hotéis e hospitais, omitem o 13º andar, passando do 12º diretamente para o 14º, numa tentativa de apaziguar a superstição de hóspedes e pacientes. Da mesma forma, algumas companhias aéreas evitam ter uma fila de assentos número 13 em seus aviões. Essas adaptações pragmáticas demonstram como o medo, mesmo que irracional, pode ter um impacto tangível no design e na operação de infraestruturas e serviços, revelando o poder persistente da crença popular sobre a lógica.

Historicamente, a associação do treze com a má sorte também pode ser encontrada em eventos reais, não apenas em mitos. Em 1307, na sexta-feira, 13 de outubro, o rei Filipe IV da França ordenou a prisão de milhares de Cavaleiros Templários, marcando um dia sombrio na história dessa ordem medieval. Este evento histórico, somado às lendas e mitos, reforçou a ideia de que a sexta-feira 13 é um dia particularmente perigoso e desafortunado. A conjunção do número com um dia específico da semana amplifica o medo, criando a paraskevidekatriaphobia, a fobia da sexta-feira 13, uma condição intimamente relacionada.

A transmissão dessas crenças através das gerações ocorre por meio de contato social, histórias contadas, rituais familiares e a exposição cultural contínua. Crianças podem absorver o medo dos pais ou da comunidade, incorporando-o em sua própria visão de mundo antes mesmo de questionarem sua validade. A mídia popular, filmes de terror e literatura também perpetuam a imagem do treze como um número de azar, solidificando ainda mais sua reputação negativa no imaginário coletivo. Esse ciclo de reforço cultural torna o número treze um símbolo de inquietação e perigo para muitos, mesmo sem um motivo pessoal traumático.

A presença do número treze em muitas tradições ocultistas e esotéricas, nem sempre de forma negativa, mas frequentemente associada a transformações e mudanças profundas, também contribui para sua aura de mistério e, para alguns, de temor. A carta da Morte no tarot é a número treze, não significando a morte física, mas o fim de um ciclo e o começo de outro, o que para mentes mais supersticiosas pode ser interpretado como algo a ser evitado. A multiplicidade de interpretações e associações ao longo da história global sublinha a complexidade cultural por trás do medo do número treze, uma tapeçaria rica de mitos e histórias que continua a influenciar as percepções modernas.

Quais são os sintomas e sinais de que alguém pode ter Triskaidekaphobia?

Os sintomas da triskaidekaphobia, como os de outras fobias específicas, podem ser categorizados em reações físicas, psicológicas e comportamentais, e a intensidade dessas manifestações varia significativamente de pessoa para pessoa. No nível físico, a exposição ou a antecipação da exposição ao número treze pode desencadear uma série de respostas corporais de estresse e ansiedade. Estes incluem palpitações cardíacas, sudorese excessiva, tremores incontroláveis e a sensação de falta de ar. A pessoa pode sentir a boca seca, ter tonturas ou náuseas, e em casos mais graves, experimentar uma dor no peito ou uma sensação de desmaio iminente, que mimetizam os sintomas de um ataque cardíaco, gerando ainda mais pânico.

Do ponto de vista psicológico, os indivíduos com triskaidekaphobia experimentam uma ansiedade avassaladora e um medo irracional ao pensar ou ver o número treze. Eles podem desenvolver pensamentos obsessivos sobre a má sorte associada ao número, ruminando sobre possíveis desastres que poderiam ocorrer se forem confrontados com ele. Uma sensação de pavor iminente e a incapacidade de controlar o medo são comuns. A pessoa pode saber que seu medo é ilógico, mas a resposta emocional é tão poderosa que a lógica é sobrepujada. A hipervigilância constante para evitar o número pode consumir uma grande parte de sua energia mental, resultando em fadiga e estresse crônico.

As manifestações comportamentais da triskaidekaphobia são talvez as mais visíveis e impactantes na vida diária. Pessoas afetadas podem evitar ativamente qualquer situação que envolva o número treze. Isso pode significar recusar-se a morar em um endereço com o número 13, evitar o 13º andar em edifícios, não viajar em aviões ou trens que tenham assentos numerados com 13, ou até mesmo reprogramar compromissos importantes se caírem no dia 13 do mês. Essa estratégia de esquiva, embora momentaneamente alivie a ansiedade, a longo prazo reforça a fobia, pois a pessoa nunca tem a oportunidade de aprender que o número é inofensivo e que a ansiedade diminuiria naturalmente.

Um sinal importante é a interferência significativa na vida cotidiana. Se o medo do treze impede a pessoa de realizar atividades que antes fazia normalmente, como ir a um restaurante específico que tenha um número 13 em seu endereço, ou participar de um evento social que ocorre em uma sexta-feira 13, então a condição está afetando a qualidade de vida. Essa interferência não é apenas um inconveniente; ela pode levar a oportunidades perdidas, isolamento social e uma restrição progressiva do mundo do indivíduo. A evitação sistemática molda as escolhas de vida de uma maneira que outras pessoas dificilmente compreendem.

A reação à menção do número treze ou à sua visualização pode ser imediata e desproporcional. Um simples cartaz com o número pode desencadear uma resposta de pânico ou uma forte onda de ansiedade. Observar a pessoa evitar cuidadosamente qualquer contato visual com o número, ou mudar de assunto rapidamente se ele for mencionado, são indicadores claros de uma aversão profunda. Em crianças, a fobia pode se manifestar como birras, choro intenso, recusa em ir a lugares específicos ou até mesmo distúrbios do sono antes de um dia 13 do mês, mostrando que o medo se instala desde cedo e de forma bastante impactante.

É crucial notar que o diagnóstico de triskaidekaphobia, como o de qualquer fobia, deve ser feito por um profissional de saúde mental. A autoavaliação pode ser útil para o reconhecimento inicial dos sintomas, mas a confirmação profissional é essencial para garantir que o medo não seja um sintoma de outra condição subjacente e para que o tratamento adequado seja iniciado. A intervenção precoce pode prevenir a cronificação da fobia e reduzir o impacto negativo na vida do indivíduo, permitindo-lhe desenvolver estratégias de enfrentamento eficazes e recuperar uma sensação de controle sobre sua vida e suas reações. A busca por ajuda é um ato de coragem e um passo fundamental para a recuperação, demonstrando um compromisso com o bem-estar psicológico.

Qual a diferença entre uma superstição comum e a Triskaidekaphobia?

A distinção entre uma superstição comum e a triskaidekaphobia reside principalmente na intensidade da reação, no nível de sofrimento e na interferência na vida diária do indivíduo. Uma superstição é uma crença ou prática que não tem base racional ou científica, mas é mantida por fé no sobrenatural ou mágico. Muitas pessoas podem, por exemplo, sentir um leve desconforto ao passar debaixo de uma escada ou ao quebrar um espelho, mas isso raramente resulta em ansiedade incapacitante ou na alteração de suas rotinas. A superstição do treze é amplamente difundida, levando muitas pessoas a evitar o número de forma casual, sem que isso cause um grande impacto emocional ou funcional em suas vidas.

A fobia, por outro lado, é um transtorno de ansiedade caracterizado por um medo irracional, persistente e intenso de um objeto ou situação específica, no caso, o número treze. O que define a fobia é o grau de angústia que ela causa e o impacto negativo que tem na capacidade da pessoa de funcionar normalmente. Uma pessoa com triskaidekaphobia não apenas evita o número treze; ela pode entrar em um estado de pânico ao vê-lo, sentir um medo paralisante ao se aproximar de um edifício com um 13º andar, ou experimentar sintomas físicos intensos de ansiedade. Essa reação desproporcional é a marca registrada da fobia, diferenciando-a de uma simples crença cultural.

A percepção de controle é outra diferença fundamental. Pessoas com uma superstição podem escolher quando e como interagem com a crença. Elas podem optar por não passar debaixo de uma escada, mas se o fizerem acidentalmente, a reação emocional é mínima ou inexistente. Para alguém com triskaidekaphobia, a reação é automática e involuntária, muitas vezes sentida como fora de controle. O medo é tão visceral que mesmo o pensamento do número pode ser suficiente para desencadear uma resposta de ansiedade completa. A incapacidade de suprimir ou racionalizar o medo é um indicador crucial de que se trata de uma fobia e não de uma mera superstição, destacando a profunda diferença na experiência subjetiva.

A evitação comportamental na fobia é muito mais severa e abrangente do que na superstição. Uma pessoa supersticiosa pode brincar sobre o número 13 ou fazer uma piada sobre a sexta-feira 13. Já um fóbico fará esforços extremos para evitar o número, o que pode incluir mudar de rota, cancelar viagens, ou até mesmo alterar datas de eventos importantes. Essa evitação sistemática afeta a rotina, o trabalho, as relações sociais e a qualidade de vida geral. A superstição geralmente não leva a perdas significativas de oportunidades ou a um isolamento social crônico, enquanto a fobia pode ter essas consequências graves, impactando o bem-estar psicológico e físico.

A natureza do sofrimento psicológico também é um ponto de divergência. Uma superstição pode trazer um leve desconforto ou uma breve preocupação, mas não gera angústia duradoura ou ataques de pânico. A triskaidekaphobia, no entanto, é caracterizada por um sofrimento emocional significativo, que pode incluir ansiedade generalizada, ruminação e um profundo sentimento de impotência. O impacto na saúde mental do indivíduo é considerável, muitas vezes exigindo intervenção terapêutica para gerenciar os sintomas e reabilitar a capacidade de funcionar normalmente. A distinção é clara: um é uma crença cultural sem grande impacto, o outro é uma condição clínica debilitante.

A consciência da diferença entre uma superstição inócua e uma fobia clinicamente significativa é vital para o diagnóstico correto e para a busca de tratamento adequado. Minimizar a triskaidekaphobia como “apenas uma superstição” pode impedir que indivíduos recebam a ajuda de que precisam, perpetuando seu sofrimento. Reconhecer a fobia como um problema de saúde mental legítimo é o primeiro passo para a validação da experiência do fóbico e para a aplicação de intervenções eficazes que visam reduzir a ansiedade e restaurar a funcionalidade. A distinção permite uma abordagem mais empática e baseada em evidências, crucial para a recuperação. A compreensão profunda do impacto real do medo é a chave.

Como a Triskaidekaphobia afeta a vida social e profissional das pessoas?

A triskaidekaphobia, embora possa parecer uma fobia peculiar para quem não a possui, tem um impacto profundo e multifacetado na vida social e profissional dos indivíduos afetados. No âmbito social, a necessidade de evitar o número treze pode levar a um isolamento gradual. A pessoa pode recusar convites para eventos que ocorram no dia 13 do mês, ou em locais com alguma associação com o número. Isso pode incluir jantares, festas de aniversário, encontros em bares ou restaurantes com endereços específicos, ou até mesmo viagens em datas consideradas mal-afortunadas. A constante preocupação em evitar o gatilho pode levar a uma redução significativa de interações sociais e, consequentemente, a um sentimento de solidão ou exclusão, comprometendo o bem-estar e a felicidade.

As relações interpessoais também podem ser tensionadas pela fobia. Amigos e familiares, que muitas vezes não compreendem a profundidade do medo, podem reagir com incredulidade, impaciência ou até mesmo zombaria. Essa falta de empatia pode levar o indivíduo fóbico a esconder sua condição, evitando discutir seus medos ou recusando-se a participar de atividades sem dar uma explicação clara. O segredo e a vergonha podem corroer a confiança e a intimidade nos relacionamentos, criando uma barreira invisível. A dificuldade em explicar e justificar a aversão irracional ao número contribui para uma carga emocional pesada, afastando as pessoas em vez de aproximá-las, tornando o ambiente social mais complexo e estressante.

No ambiente profissional, a triskaidekaphobia pode criar obstáculos significativos. Um funcionário pode hesitar em aceitar um projeto que precise ser entregue no dia 13, ou evitar participar de reuniões em uma sala numerada com 13. Para aqueles que trabalham em setores como aviação, hotelaria ou imóveis, onde o número 13 é frequentemente omitido ou ajustado, a fobia pode ser menos óbvia, mas ainda assim presente. No entanto, em outras profissões, a preocupação constante com o número pode levar à distração, redução da produtividade e até mesmo à recusa de oportunidades de carreira que envolvam o temido número. Isso pode limitar o progresso na carreira e a estabilidade financeira, demonstrando um impacto real na trajetória profissional.

A ansiedade antecipatória é um fator particularmente debilitante. A pessoa não sente medo apenas quando confrontada com o número, mas também na expectativa de uma possível exposição. Se uma reunião importante está agendada para o dia 13, o profissional pode passar dias, ou até semanas, em um estado de ansiedade elevada, afetando seu sono, concentração e bem-estar geral. Essa tensão crônica pode levar ao esgotamento e a um desempenho abaixo do esperado, prejudicando sua reputação e seu potencial de crescimento na empresa. A simples ideia de uma data ou número pode ser suficiente para gerar um estresse incapacitante, revelando a complexidade da fobia.

Viagens de negócios podem se tornar um pesadelo logístico. Se um voo ou um quarto de hotel tiver o número 13, o indivíduo pode insistir em mudanças, o que pode ser complicado e dispendioso para a empresa. Isso não apenas cria um ônus financeiro, mas também pode fazer com que o funcionário seja visto como “difícil” ou “complicado”, afetando a percepção de sua profissionalidade. A necessidade de gerenciar essas situações discretamente adiciona uma camada extra de estresse e complexidade à vida do fóbico, que precisa navegar em um mundo onde o número 13, embora inofensivo para a maioria, representa uma ameaça constante para sua tranquilidade e funcionalidade.

Em última análise, a triskaidekaphobia não é apenas um medo de um número; é um medo que pode remodelar significativamente a vida de uma pessoa, ditando suas escolhas e limitando suas experiências. O esforço contínuo para evitar o número consome energia mental e emocional, o que pode levar a um aumento geral da ansiedade e à depressão. Reconhecer a gravidade desses impactos é crucial para que os indivíduos busquem a ajuda necessária e para que a sociedade ofereça um ambiente mais compreensivo e de apoio, permitindo que os fóbicos vivam vidas mais plenas e sem as amarras de um medo aparentemente trivial, mas na verdade profundamente limitante.

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da Triskaidekaphobia?

O desenvolvimento da triskaidekaphobia, como o de outras fobias específicas, não é resultado de uma única causa, mas sim de uma complexa interação de fatores genéticos, ambientais, psicológicos e culturais. Um dos principais fatores de risco é a predisposição genética. Pesquisas sugerem que ter um parente de primeiro grau com um transtorno de ansiedade, incluindo fobias, pode aumentar a probabilidade de desenvolver uma fobia. Embora não exista um “gene da triskaidekaphobia” específico, a vulnerabilidade geral à ansiedade pode ser herdada, tornando o indivíduo mais suscetível a desenvolver medos irracionais em resposta a certos estímulos ou experiências traumáticas, predispondo a uma maior reatividade.

As experiências traumáticas ou negativas diretas associadas ao número treze são um forte fator de risco. Se uma pessoa vivenciou um evento significativamente negativo, como um acidente, uma perda ou um fracasso, que coincidiu com o dia 13, ou que de alguma forma foi associado ao número, ela pode desenvolver uma conexão condicionada entre o número e o perigo. Este condicionamento clássico pode ser extremamente poderoso, fazendo com que a simples menção ou visualização do número desencadeie a resposta de medo, mesmo que não haja uma ameaça real. O cérebro aprendeu a associar o estímulo neutro (o número) a uma experiência aversiva, criando uma resposta automática e desproporcional.

A aprendizagem vicária, ou a observação do medo de outras pessoas, é outro fator de risco significativo, especialmente em crianças. Se um pai, um cuidador ou uma figura de autoridade demonstra um medo intenso do número treze, uma criança pode aprender a temer o mesmo. Ver a reação de pânico de um adulto ou ouvir repetidamente histórias sobre a “má sorte” associada ao treze pode internalizar essa crença no jovem. A criança, ainda em formação, absorve as mensagens ambientais e as respostas emocionais dos adultos ao seu redor, tornando-se mais propensa a desenvolver a mesma fobia. A influência familiar e social desempenha um papel crucial na formação de medos e aversões.

Fatores culturais e sociais também desempenham um papel vital. Em culturas onde o número treze é amplamente considerado azarado, a exposição constante a essa crença através da mídia, folclore e conversas diárias pode implantar o medo em indivíduos predispostos. A normalização da superstição em alguns contextos pode fazer com que o medo se desenvolva de forma insidiosa, quase como uma parte da educação cultural. Mesmo sem um trauma direto, a reiteração de narrativas negativas e a prevalência de práticas de evitação (como a ausência do 13º andar) podem reforçar a ideia de que há algo intrinsicamente perigoso no número, alimentando a formação da fobia.

Um temperamento ansioso ou uma tendência à neurose são fatores de risco psicológicos importantes. Indivíduos que já são mais propensos à ansiedade, preocupação excessiva ou que têm uma visão mais pessimista do mundo podem ser mais vulneráveis a desenvolver fobias. A sensibilidade à ansiedade pode tornar a pessoa mais reativa a estímulos percebidos como ameaçadores, e o número treze, com suas conotações culturais negativas, pode facilmente se tornar um foco para essa ansiedade preexistente. A fragilidade emocional ou a dificuldade em lidar com o estresse podem amplificar a resposta ao gatilho, consolidando o medo em uma fobia duradoura.

• Predisposição genética: Ter histórico familiar de transtornos de ansiedade.
• Experiências traumáticas: Eventos negativos diretos associados ao número treze.
• Aprendizagem vicária: Observação do medo em outras pessoas, especialmente figuras de autoridade.
• Fatores culturais e sociais: Exposição a crenças e superstições generalizadas.
• Temperamento ansioso: Tendência natural à ansiedade, preocupação excessiva ou neuroticismo.
• Outros transtornos: Coexistência com outros transtornos de ansiedade ou depressão.

A presença de outros transtornos de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada ou transtorno de pânico, também pode ser um fator de risco, pois a pessoa já tem um sistema nervoso mais “sensibilizado” para responder com medo. A triskaidekaphobia pode coexistir com outras fobias ou transtornos mentais, e o tratamento dessas condições subjacentes pode ser crucial para abordar o medo específico do número treze. Compreender esses fatores de risco é essencial para o diagnóstico precoce e para a implementação de estratégias de prevenção e intervenção, permitindo que as pessoas construam resiliência contra o desenvolvimento dessa fobia e outras condições similares.

Existe tratamento eficaz para a Triskaidekaphobia?

Sim, existem tratamentos altamente eficazes para a triskaidekaphobia, assim como para outras fobias específicas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente considerada a abordagem de primeira linha e mais bem-sucedida. A TCC trabalha desconstruindo os padrões de pensamento irracionais e os comportamentos de evitação associados ao medo. O objetivo principal é ajudar o indivíduo a reestruturar seus pensamentos sobre o número treze e a aprender a responder de forma mais adaptativa à sua presença. A terapia geralmente envolve uma combinação de técnicas cognitivas e comportamentais para alcançar uma redução duradoura do medo, capacitando o paciente a enfrentar e superar sua fobia.

Dentro da TCC, a exposição gradual, também conhecida como dessensibilização sistemática, é uma técnica central. Sob a orientação de um terapeuta, o indivíduo é exposto progressivamente ao estímulo temido (o número treze) em um ambiente seguro e controlado. Isso pode começar com a visualização do número em imagens, passando para a escrita do número, a menção dele em conversas, e eventualmente, a situações da vida real que o envolvam, como estar em um andar